sábado, 6 de novembro de 2010

Durante a hospedagem ....


Dorme o sol, nasce a lua. Passa o dia, passa a hora e a única coisa que não passa é a angustia.
Tudo parece escuro, mas todas as luzes estão acesas. Tudo parece tão apertado, mas o local é bastante espaçoso.
O sono chega e com ele a vontade de ir dormir, porém resolve ir embora logo quando os olhos se fecham.
Nasce o sol, chega o café. Passa o tempo, porém o tempo não passa. O silencio amedronta. A escuridão da claridade tira algumas esperanças. O colorido disfarça a tristeza, mas a única que muitos vêem é o escuro do finito.
Toc toc – batem na porta.
Nheeeeeec. Abrem-na e pedem licença.
-Boa tarde, eu posso entrar? – Desculpe o incomodo, estou fugindo do meu irmão e quero ficar em algum lugar. Você esta rindo, pensando que tenho cara de palhaço, mas na verdade o nariz é vermelho devido ao “pirsing” que coloquei com o martelo. A antes que me esqueça, estou fugindo do meu irmão porque roubei a sai rosa dele.
 Toc Toc – bate novamente na porta
Nheeeeeeeeec – Abrem-na pela 2º vez.
- A então é aqui que você esta escondido? Cadê minha saia rosa?
- Não sei. Não vi. Mas respeite que temos visita no SPA.
- Como não a vi. Uma rainha aqui deitada. Muito prazer desculpe meu irmão. Vou levá-lo  agora mesmo para fora. Antes que me esqueça, fique com esse cachorrinho (de bexiga), não deixe de alimentá-lo com 50 kg de picanha e 1 000 kg de frutos do mar ao dia. Tchau.
De repente tudo voltou ao normal. Com barulho dos aparelhos e a escuridão do colorido de mentira. Porém havia algo de estranho. A solidão havia-se partido e em seu lugar permanecido a esperança de uma nova vida e as melhoras causadas pelo riso.  
 


Texto ficticio, criado com as observações realizadas no hospital.

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